quarta-feira, 11 de julho de 2012

Barcelona, el meu amor

Começo confessando que nunca tive o sonho de visitar a Espanha. Passar alguns dias por lá foi influência total do Leandro. Entre Madrid e Barcelona, acabamos escolhendo Barça por causa do calor e do mar. E, assim como Leleco não tinha vontade de ir a Paris e em dois dias estava completamente apaixonado, posso dizer que amei Barcelona - linda, calorosa, simpática e vale a visita. Já estou sonhando em voltar!

Pois bem: no início pensei em ir de Paris a Barcelona no trem noturno - dormiríamos no trem, economizando uma noite de hotel, e ainda faríamos um programa que nunca tínhamos feito. Mas aí comecei a ler que trem noturno era meio furada para quem nunca foi (as opiniões do Viaje na Viagem foram determinantes!) e o preço não era tão em conta assim: 260 euros por pessoa! Na Easyjet, as duas passagens (já considerando 40kg de bagagem) sairiam por 110 euros, mais uma noite de hotel (80 euros). 520 euros para ir de trem ou 190 de avião? Vamos de avião.

Fomos para o Charles de Gaule com o ônibus do aeroporto, que pegamos na Ópera, e chegamos na Ópera de metrô. Foi mais fácil que parecia carregar três malas no metrô!

Ao chegar no aeroporto, ouvíamos um grupo de adolescentes que voltavam de viagem. Elas falavam uma língua estranha, que às vezes soava como francês, às vezes soava italiano, poucas vezes espanhol, e muitas vezes incompreensível. Foi nossa estreia no catalão, língua de Barcelona (mas todo mundo fala espanhol também, ainda bem!). *O título do post, Barcelona, el meu amor, é uma das poucas coisinhas que aprendi em catalão. rs

O voo, rápido, acompanhava o Mar Mediterrâneo (lindo!). Chegamos ao aeroporto de Barcelona, que mais parecia uma cidade fantasma - talvez no verão fique mais movimentado. Pegamos o ônibus do aeroporto, que custava uns 5 euros, e nos deixou bem na Plaza de Catalunya, endereço do nosso hotel.

Ah, detalhe: quando saímos do Rio, a previsão de tempo em Barcelona era de 15 a 18º. Fomos para Paris, onde encaramos média de 8º (me deixa, sou carioca friorenta!), e em Barça o tempo já tinha esquentado muito - chegamos lá com 30º bombando e nenhuma saia, vestido ou bermuda na bagagem. Ai que burra, dá zero pra ela!

O hotel Ginebra foi uma decepção a primeira vista. Ficava num andar de um prédio comercial, o que é bem estranho. Os móveis e as instalações são meio antigos, então cheguei a pensar em trocar de hospedagem. Mas acabamos ficando, não só pelo preço, mas também pela localização incrível. Depois acabamos percebendo que os lençóis e toalhas eram impecavelmente limpos, o staff supersimpático e o lugar sempre tinha um cheirinho de limpeza e roupa lavada muito convidativo. Estranho é, mas no fim das contas foi um ótimo custo benefício.

Como chegamos em Barça só de noite, tomamos um banho e fomos apenas jantar. De cara já percebi uma das coisas que mais me agradou em Barcelona: o preço da comida (e a comida!), bem mais barata que na França. Me apaixonei de cara pelo pa amb tomaqet, um pãozinho servido com molho de tomate, e pelas cavas. Até hoje suspiro de saudade das cavas e tapas de Barcelona.

No dia seguinte, acordamos cedo para começar a explorar a cidade. Barcelona dorme e acorda tarde e às 9h da manhã quase não tinha ninguém na rua. Acabamos tomando café num Starbucks e pagando por um dia de passeio no ônibus turístico (é meio clichê, eu sei, mas nos ajudou muito a nos situar na cidade, porque não tínhamos muita ideia das distâncias e direções).



A Sagrada Família


Cenas dos próximos capítulos: o ônibus hop-on-hop-off, a Sagrada Família e o Camp Nou!

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